Cai a noite simplória
Com seus adornos noturnos
É ela que bate a minha porta
O demônio que veio perverter o meu espírito
Como pode um ser tão vil
a natureza deixar criar
Que intento pode conter
e salvador algum poder resgatar?
Bastou um raio de luar
Para seu rosto contemplar
Tal lampejo de aversão
Meu horror e fascinação
Longe agora me vejo
por contemplar este olhar
que causou completa desilusão
destruindo assim, minha fé e a razão
Sinto-me confuso
Não sei qual caminho trilhar
Sei que não pertenço mais a reino algum
que não seja o da mulher de manto rubro
A tristeza me obliterou
o vinho de seu lagar
Fez-me enxergar um novo alguém
no caminho que não há outro além
Poderia agora renunciar?
Poderia agora renunciar?
Que guerreiro é esse?
Cruzado ou Aldeão
Sacerdote ou Guardião
É alguém que conheço?
Esse espírito onipotente?
Vejo que desvelou
o vigor de sua semente
Destruiu toda a dúvida
que existia em uma alma temente
O que o homem pode temer
se não aquilo que não conhece?
Caindo nos braços da santa impura
Bela rosa...
que seus espinhos sempre sejam mestres
e seu manto meu corpo cubra.
( Iago Tarigo )
que seus espinhos sempre sejam mestres
e seu manto meu corpo cubra.
( Iago Tarigo )
mto abstrato pra mim mas senti afinidade
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